Presidente do PPS afasta a possibilidade de rompimento e exalta o nome de Omar para o Senado. Mas critica falta de diálogo sobre mudanças
O anúncio de que haverá uma “convenção retificadora” no Partido Popular Socialista (PPS) teria levado apreensão à base de apoio ao nome do senador Benedito de Lira (PP) para a disputa pelo governo do Estado. O motivo de o PPS jogar dúvidas sobre a permanência ou não no projeto do PP foi a falta de debate e transparência sobre a recolocação de Alexandre Toledo (PSB) na chapa, retirado da disputa pelo mandato de senador para figurar como vice de Biu de Lira.
O presidente do PPS, Régis Cavalcante, afirma que o fator decisivo para a mudança foi favorecer o ingresso do Democratas (DEM) na coligação, com o oferecimento da vaga do Senado a Omar Coelho.
Entrevistado pelo blog no final da manhã desta quarta-feira (25), Régis deixou transparecer que o PPS não engoliu a versão de que o presidenciável Eduardo Campos (PSB) quis evitar – a pedido de Marina Silva – o embate de seu partido com a candidata Heloísa Helena (PSOL) na disputa pelo Senado.
“Já houve tratativas e parece que o Omar vai ser o candidato [a senador]. A forma como colocaram, que era uma questão do Eduardo... Mas não foi do Eduardo. Era uma coisa que estava sendo ampliada a frente com os Democratas, né?”, disse Régis, antes de complementar: “Na verdade, eles foram comunicar ao Eduardo, né? Na verdade, como essa coisa correu rapidamente, nós cobramos é que essas coisas ficassem o mais transparente possível, para que se evitassem curtos-circuitos. Mas, se o indicativo era esse, da vinda do Omar para senador, não há nenhuma dificuldade”.
Apesar da crítica à falta de transparência e diálogo no processo que resultou na abertura da vaga de senador, Régis avalia que a chegada do DEM acrescenta e fortalece a frente de Biu de Lira. “O que estávamos colocando é que precisávamos ter um nome que somasse. E o nome dele soma. E só reforça o projeto. Não tenho nada contra. Não perseguimos essas coisas. Colocamos essas questões para reforçar cada vez mais o projeto político dessa aliança”, analisou o presidente do PPS.
Sem espaço para rompimento com Biu de Lira
No material de divulgação do PPS Régis informava, no sábado (21), que “se permanecer na coligação do candidato ao governo do PP, Benedito de Lira, reivindica a vaga ao senado para o PPS”. Uma questão superada, de acordo com a conjuntura atual narrada pelo presidente do PPS, que afasta a possibilidade de rompimento.
“Estamos lá na aliança com Biu. E a questão é que com a mudança de senador nós apenas declaramos que o PPS vai fazer o que outros partidos vão ter de fazer: uma retificação. Porque na ata você anuncia que apoia o senador do PSB. Mas não fizemos nenhuma declaração de rompimento. Até porque o que estamos colocando é que, como essas coisas estão acontecendo rapidamente, tínhamos previsto a possibilidade de retificação”, afirmou Régis.
O ex-secretário da Pesca e Aquicultura do governo estadual reafirmou que disputará uma das nove vagas na Câmara Federal. E não enxerga a possibilidade de recompor a aliança com o PSDB do governador Teotonio Vilela Filho, que defende o nome do procurador de Justiça Eduardo Tavares para o governo. Mas lembra que foi justamente a falta de diálogo para a escolha de do candidato ET do PSDB que resultou no esvaziamento da chapa tucana, que hoje só conta com o PRB e PSDB.
“Com relação ao governador, temos um bom diálogo. Achamos apenas que o encaminhamento político dele foi equivocado. As informações que tenho é de que cada vez mais se consolida a frente do Biu para governador, com a ampliação dos Democratas. Está se evidenciando o que se imaginava desde o início, que os PSDB tem cada vez mais dificuldade de formação de chapa e perspectiva eleitoral com um isolamento que inviabiliza o partido. Quais são os partidos que estão lá? Quando tem diálogo é que se tem uma caracterização do que é viável eleitoralmente”, concluiu Régis.
Por CM
quarta-feira, 25 de junho de 2014 | Notícia da Hora
Régis diz que Campos não pediu a saída do PSB da disputa pelo Senado
Presidente do PPS afasta a possibilidade de rompimento e exalta o nome de Omar para o Senado. Mas critica falta de diálogo sobre mudanças
O presidente do PPS, Régis Cavalcante, afirma que o fator decisivo para a mudança foi favorecer o ingresso do Democratas (DEM) na coligação, com o oferecimento da vaga do Senado a Omar Coelho.
Entrevistado pelo blog no final da manhã desta quarta-feira (25), Régis deixou transparecer que o PPS não engoliu a versão de que o presidenciável Eduardo Campos (PSB) quis evitar – a pedido de Marina Silva – o embate de seu partido com a candidata Heloísa Helena (PSOL) na disputa pelo Senado.
“Já houve tratativas e parece que o Omar vai ser o candidato [a senador]. A forma como colocaram, que era uma questão do Eduardo... Mas não foi do Eduardo. Era uma coisa que estava sendo ampliada a frente com os Democratas, né?”, disse Régis, antes de complementar: “Na verdade, eles foram comunicar ao Eduardo, né? Na verdade, como essa coisa correu rapidamente, nós cobramos é que essas coisas ficassem o mais transparente possível, para que se evitassem curtos-circuitos. Mas, se o indicativo era esse, da vinda do Omar para senador, não há nenhuma dificuldade”.
Apesar da crítica à falta de transparência e diálogo no processo que resultou na abertura da vaga de senador, Régis avalia que a chegada do DEM acrescenta e fortalece a frente de Biu de Lira. “O que estávamos colocando é que precisávamos ter um nome que somasse. E o nome dele soma. E só reforça o projeto. Não tenho nada contra. Não perseguimos essas coisas. Colocamos essas questões para reforçar cada vez mais o projeto político dessa aliança”, analisou o presidente do PPS.
Sem espaço para rompimento com Biu de Lira
No material de divulgação do PPS Régis informava, no sábado (21), que “se permanecer na coligação do candidato ao governo do PP, Benedito de Lira, reivindica a vaga ao senado para o PPS”. Uma questão superada, de acordo com a conjuntura atual narrada pelo presidente do PPS, que afasta a possibilidade de rompimento.
“Estamos lá na aliança com Biu. E a questão é que com a mudança de senador nós apenas declaramos que o PPS vai fazer o que outros partidos vão ter de fazer: uma retificação. Porque na ata você anuncia que apoia o senador do PSB. Mas não fizemos nenhuma declaração de rompimento. Até porque o que estamos colocando é que, como essas coisas estão acontecendo rapidamente, tínhamos previsto a possibilidade de retificação”, afirmou Régis.
O ex-secretário da Pesca e Aquicultura do governo estadual reafirmou que disputará uma das nove vagas na Câmara Federal. E não enxerga a possibilidade de recompor a aliança com o PSDB do governador Teotonio Vilela Filho, que defende o nome do procurador de Justiça Eduardo Tavares para o governo. Mas lembra que foi justamente a falta de diálogo para a escolha de do candidato ET do PSDB que resultou no esvaziamento da chapa tucana, que hoje só conta com o PRB e PSDB.
“Com relação ao governador, temos um bom diálogo. Achamos apenas que o encaminhamento político dele foi equivocado. As informações que tenho é de que cada vez mais se consolida a frente do Biu para governador, com a ampliação dos Democratas. Está se evidenciando o que se imaginava desde o início, que os PSDB tem cada vez mais dificuldade de formação de chapa e perspectiva eleitoral com um isolamento que inviabiliza o partido. Quais são os partidos que estão lá? Quando tem diálogo é que se tem uma caracterização do que é viável eleitoralmente”, concluiu Régis.
Por CM
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