Um dos personagens mais conhecidos e requisitados em período de eleição em Alagoas é o agiota.
Eis uma palavra perigosa: ninguém se assume como tal, e os que exercem a atividade de “banqueiro informal” são personalidades que desfilam em meio aos grandes empresários, mantendo outros negócios – menos rentáveis, é verdade – que lhes dão a necessária legalidade.
O financiamento de campanhas eleitorais por agiotas é uma característica política marcante no Nordeste. O processo é simples, direto, informal, mas não dispensa garantias.
Sabe-se, embora só a polícia e o Ministério Público possam investigar – e provar – que algumas prefeituras do interior estão absolutamente inviabilizadas por causa dos débitos que os titulares do Executivo Municipal contraíram na campanha eleitoral junto a conhecidos agiotas locais.
O negócio envolve como garantia as cotas de FPM das prefeituras, o que vai ficando cada vez mais difícil de cumprir. E aí pode entrar o patrimônio pessoal dos eleitos – tudo o que eles não admitem.
Nas eleições deste ano, a disputa proporcional é que aparece como a melhor alternativa de negócios para a agiotagem. O dinheiro é liberado de maneira fácil – até para quem já não tem crédito-, com juros bem mais altos, é verdade, mas a informalidade não impede que o “banqueiro” se cerque de garantias.
Até mesmo os detentores de mandato, ao fim de cada eleição, perdem parte – às vezes tudo – do seu patrimônio: carros, fazendas, casas. Mas, na sequência, tentam resgatar a fortuna perdida.
Mas eles, os agiotas, agem exatamente como as instituições financeiras formais, na definição clássica de autores diversos (muda uma ou outra palavra): “Banco é um lugar onde te emprestam um guarda-chuva durante o bom tempo e o pegam de volta quando começa a chover”.
A campanha é apenas o prenúncio da tempestade para alguns. Ao final, a conta vai quase sempre para o erário
Por TNH/Ricardo Mota
terça-feira, 17 de junho de 2014 | Notícia da Hora
Campanha eleitoral: a hora e a vez dos agiotas
Um dos personagens mais conhecidos e requisitados em período de eleição em Alagoas é o agiota.Eis uma palavra perigosa: ninguém se assume como tal, e os que exercem a atividade de “banqueiro informal” são personalidades que desfilam em meio aos grandes empresários, mantendo outros negócios – menos rentáveis, é verdade – que lhes dão a necessária legalidade.
O financiamento de campanhas eleitorais por agiotas é uma característica política marcante no Nordeste. O processo é simples, direto, informal, mas não dispensa garantias.
Sabe-se, embora só a polícia e o Ministério Público possam investigar – e provar – que algumas prefeituras do interior estão absolutamente inviabilizadas por causa dos débitos que os titulares do Executivo Municipal contraíram na campanha eleitoral junto a conhecidos agiotas locais.
O negócio envolve como garantia as cotas de FPM das prefeituras, o que vai ficando cada vez mais difícil de cumprir. E aí pode entrar o patrimônio pessoal dos eleitos – tudo o que eles não admitem.
Nas eleições deste ano, a disputa proporcional é que aparece como a melhor alternativa de negócios para a agiotagem. O dinheiro é liberado de maneira fácil – até para quem já não tem crédito-, com juros bem mais altos, é verdade, mas a informalidade não impede que o “banqueiro” se cerque de garantias.
Até mesmo os detentores de mandato, ao fim de cada eleição, perdem parte – às vezes tudo – do seu patrimônio: carros, fazendas, casas. Mas, na sequência, tentam resgatar a fortuna perdida.
Mas eles, os agiotas, agem exatamente como as instituições financeiras formais, na definição clássica de autores diversos (muda uma ou outra palavra): “Banco é um lugar onde te emprestam um guarda-chuva durante o bom tempo e o pegam de volta quando começa a chover”.
A campanha é apenas o prenúncio da tempestade para alguns. Ao final, a conta vai quase sempre para o erário
Por TNH/Ricardo Mota
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