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Fireman diz que não se sente "frustrado" com opção de Vilela por Tavares

No entanto, nos bastidores políticos comentam sobre traição

As informações de bastidores políticos apontam a frustração do ex-secretário de Infraestutura e tucano Marco Fireman em ter sido "tirado" do jogo eleitoral pelo tucano-mor e governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), que preferiu apostar na viabilidade da pré-candidatura do ex-procurador-geral de Justiça, Eduardo Tavares (PSDB). Mais que frustração. Nos bastidores se fala de "traição" mesmo.

Fireman teria a palavra do governador para correr o Estado e foi quase o último a saber - segundo bastidores - que o tapete seria puxado. O ex-secretário de Infraestrutura não faz a mesma leitura das informações que correm bastidores. Aliás, se mostra tranquilo com a decisão e nega polêmicas, tanto nas linhas, quanto nas entrelinhas.

Marco Fireman era o pré-candidato tucano e tinha montado estratégia para tentar viabilizar sua candidatura, inclusive investindo em uma equipe de comunicação e percorrendo o Estado. Abriu diálogo com lideranças e até contou com a participação de Vilela em um evento no Sertão do Estado: reduto que o ex-secretário mirava, em função das obras do Canal do Sertão.

Porém, ainda segundo bastidores, Fireman foi retirado da condição de pré-candidato, em função de um projeto que nasceu dentro do Gabinete Civil, tendo como um dos fortes apoiadores o secretário da pasta, Álvaro Machado. Um dos supersecretários de Teotonio Vilela Filho não conseguiu ir adiante com seu projeto de candidatura e foi obrigado a ceder espaço para a surpresa do jogo: Tavares.

Falei com Fireman sobre o assunto. "Quero reafirmar o orgulho que tenho de ser alagoano, ser filho de servidores públicos do estado e o orgulho de também ter filhos nascidos e criados nesta terra. Também tenho orgulho de ter trabalhado em prol de Alagoas durante os sete anos em que dirigi a Secretaria da Infraestrutura, trabalhando para os que mais precisam e reafirmo que quero e vou continuar trabalhando pelo desenvolvimento de Alagoas", destacou o tucano inicialmente.

Sobre o assunto eleições e o fato de sua pré-candidatura ter sido descartada pelo partido após o sinal verde de Teotonio Vilela, Fireman salientou que "não assumiu a política como profissão". "Mas acredito que é por meio dela e da democracia que podemos mudar a realidade que vivemos. Não tive e nunca terei um projeto de poder. Como em todo trabalho que realizo na vida, me engajei de corpo e alma, sim. Portanto, não me sinto frustrado".

Marco Fireman ressalta ainda que pretende "continuar trabalhando por um projeto de melhoria de vida do povo alagoano, independente de cargos políticos. Assim, continuo em meu caminho e peço a Deus que me abençoe e me ilumine para continuar lutando pelo que acredito". O ex-secretário - pelas palavras dele mesmo! - não se sente traído pelo próprio partido, ao que tudo indica. Ao menos, esta é a versão oficial.

Nos bastidores, a informação é de que ainda não há uma união dentro do PSDB em torno do nome de Eduardo Tavares. O problema não é Tavares, mas os processos de composições possíveis que acabam por afastar alguns potenciais aliados. Isto tem preocupado quem vai em busca de cadeiras proporcionais, já que sozinho qualquer partido tem muito mais dificuldades de conseguir o coeficiente eleitoral. Salientei isto aqui ontem.

Fireman - diplomaticamente! - reconhece o jogo eleitoral. Todavia, visão deste blogueiro, deve saber a origem dos torpedos teleguiados. Afinal, a candidatura de Eduardo Tavares foi surpresa para alguns, para outros não. Por qual razão as palavras de Fireman se fazem necessárias? A lógica do ninho tucano precisa ser exposta!




Por Cada Minuto

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