A possibilidade de candidatura majoritária voltou a encantar o ex-prefeito da capital que ainda sonha em se tornar governador de Alagoas. Mas Almeida bem sabe que o uso de seu nome e de sua popularidade é mais uma estratégia do deputado estadual Antônio Albuquerque para garantir espaço para que ele, João Beltrão e Cícero Ferro não corram o risco de ficar sem mandato.
A rejeição aos nomes de AA, Beltrão e Ferro dentro da Frente de Oposição tem muita relação com as acusações que ambos já sofreram no passado, que resultaram em processos nas esferas cível e criminal do Judiciário.
Os três políticos comandam redutos consideráveis no interior do Estado. Mas o peso eleitoral que poderia prejudicar outros partidos em coligações proporcionais estaria sendo menos importante que o temor de se firmar aliança com pessoas que foram indiciadas pela Polícia Federal (PF) após a deflagração da Operação Taturana e também foram alvos de investigações de homicídios que lhes renderam a fama de truculência até hoje.
Aguarde cartas
Cícero Almeida é presidente estadual do PRTB, mas devido à falta de habilidade repassou o comando das articulações políticas ao deputado Antônio Albuquerque. Assim como AA, o projeto prioritário de Almeida é disputar a Câmara Federal. Se cair na estratégia do deputado estadual e ingressar na disputa majoritária, o ex-prefeito de Maceió abrirá ainda mais espaço para um eventual vitória de AA para a vaga de deputado federal.
Com a bola cheia pelos partidários, Almeida ainda deixaria terreno mais limpo para Ferro e Beltrão garantirem vaga na Assembleia.
Pode ser que Cícero Almeida esteja se aperfeiçoando nas regras do "xadrez político". Mas outra modalidade de jogo deve surpreender o ex-prefeito de Maceió: o poker, onde quem blefa com habilidade pode sair ganhando.
Por Cada Minuto
