Ele sabe que Calheiros (o pai) trabalha para esvaziar as candidaturas de Biu de Lira e Eduardo Tavares, deixando os dois sem partidos de alguma expressão nas respectivas coligações.
Mas se o presidente do Senado tem arrastado as legendas nanicas com promessas de ajuda – inclusive de espaços no governo federal – com Carimbão tem sido outro o padrão de negociação.
O líder do PROS quer a “vaga” de Luciano Barbosa na chapa de deputado federal do PMDB. Ele avalia que será eleito com alguma facilidade ao lado de Marx Beltrão.
Barbosa?
Deve ir, nesta condição, formar ao lado de Renan Filho na dobradinha do Chapão ao governo do Estado.
Carimbão mostra a Calheiros que também sabe tirar vantagem de uma negociação.
Uma chapa “puro sangue” de Calheiros ao governo, por outro lado, abre espaço para os demais partidos do Chapão na disputa pelo Senado – dificilmente José Wanderley comporia um trio peemedebista. Para Collor, a união PMDB-PROS pode ser a solução que ele esperava para ser aceito como candidato oficial do Chapão.
E que ninguém ache que Calheiros saiu perdendo em esperteza.
Isso só aconteceu no passado. Hoje, quando ele não ganha, empata.
Por TNH (Blog do Ricardo Mota)
