A cúpula do PMDB, o senador Renan Calheiros à frente, teve reunião, hoje, com a direção do PRTB, um partido que tem nomes fortíssimos para a disputa proporcional.
Mas há uma preocupação do principal líder do Chapão com os filiados à legenda presidida pelo ex-prefeito Cícero Almeida.
A questão está definida em uma expressão cunhada por um dos integrantes do agrupamento: Efeito JL.
Não é difícil de entender.
Em 2006, quando foi candidato ao governo do Estado, o deputado-empresário João Lyra arrastou com ele a ampla maioria dos deputados estaduais, que estavam filiados ao PMN.
A legenda nanica tinha como presidente o icônico Celso Luiz, um símbolo da força que a Assembleia Legislativa ganhou naquele período, controlando, inclusive, o Detran – que ficou conhecido como “Assembleinha”.
Foi o período de maior aumento do duodécimo da Assembleia, que dobrou na Era Lessa, segundo o atual deputado federal Paulão, do PT.
Mas não era só ele. Vários deputados que ganharam destaque na campanha de JL puxaram a rejeição que levou ao então bilionário candidato a uma derrota acachapante.
Foi a reação do formador de opinião – motivada também pelo medo – que garantiu a vitória de Vilela (essa história de traição ao deputado-empresário é bobagem. O eleitor mais politizado só se mobiliza, quando se mobiliza, nas eleições majoritárias).
Acontece que boa parte do grupo que formava o PMN está, hoje, no PRTB (por lá só ficou Chico Tenório). Calheiros sabe bem o que isso significa e que consequência pode ter.
Celso Luiz, é verdade, está no próprio PMDB, tentando, agir sem chamar a atenção do grande público.
Mas estão no PRTB: João Beltrão, Cícero Ferro (apesar de ser o mais collorido entre todos os candidatos a deputado estadual), a quem se agregaram o ex-prefeito Cícero Almeida e o deputado estadual Antônio Albuquerque.
Calheiros quer – e muito – contar com o apoio de Almeida, mas tem de levar o kit completo.
Eis o problema.
A solução?
O PRTB lançaria um candidato a governador, só para constar, mas trabalharia para Renan (Calheiros) Filho.
Resta saber que papel a legenda vai cumprir. O deputado Antônio Albuquerque – que pode, sim, ser candidato a estadual – não parece ser o tipo que recebe ordens e obedece. Sem levar em conta que Almeida continua magoado com o tratamento público que lhe é dispensado pelos Renans.
Por TNH
terça-feira, 22 de abril de 2014 | Notícia da Hora
Temendo ‘efeito JL’, Renan quer PRTB disputando o governo
A cúpula do PMDB, o senador Renan Calheiros à frente, teve reunião, hoje, com a direção do PRTB, um partido que tem nomes fortíssimos para a disputa proporcional.Mas há uma preocupação do principal líder do Chapão com os filiados à legenda presidida pelo ex-prefeito Cícero Almeida.
A questão está definida em uma expressão cunhada por um dos integrantes do agrupamento: Efeito JL.
Não é difícil de entender.
Em 2006, quando foi candidato ao governo do Estado, o deputado-empresário João Lyra arrastou com ele a ampla maioria dos deputados estaduais, que estavam filiados ao PMN.
A legenda nanica tinha como presidente o icônico Celso Luiz, um símbolo da força que a Assembleia Legislativa ganhou naquele período, controlando, inclusive, o Detran – que ficou conhecido como “Assembleinha”.
Foi o período de maior aumento do duodécimo da Assembleia, que dobrou na Era Lessa, segundo o atual deputado federal Paulão, do PT.
Mas não era só ele. Vários deputados que ganharam destaque na campanha de JL puxaram a rejeição que levou ao então bilionário candidato a uma derrota acachapante.
Foi a reação do formador de opinião – motivada também pelo medo – que garantiu a vitória de Vilela (essa história de traição ao deputado-empresário é bobagem. O eleitor mais politizado só se mobiliza, quando se mobiliza, nas eleições majoritárias).
Acontece que boa parte do grupo que formava o PMN está, hoje, no PRTB (por lá só ficou Chico Tenório). Calheiros sabe bem o que isso significa e que consequência pode ter.
Celso Luiz, é verdade, está no próprio PMDB, tentando, agir sem chamar a atenção do grande público.
Mas estão no PRTB: João Beltrão, Cícero Ferro (apesar de ser o mais collorido entre todos os candidatos a deputado estadual), a quem se agregaram o ex-prefeito Cícero Almeida e o deputado estadual Antônio Albuquerque.
Calheiros quer – e muito – contar com o apoio de Almeida, mas tem de levar o kit completo.
Eis o problema.
A solução?
O PRTB lançaria um candidato a governador, só para constar, mas trabalharia para Renan (Calheiros) Filho.
Resta saber que papel a legenda vai cumprir. O deputado Antônio Albuquerque – que pode, sim, ser candidato a estadual – não parece ser o tipo que recebe ordens e obedece. Sem levar em conta que Almeida continua magoado com o tratamento público que lhe é dispensado pelos Renans.
Por TNH
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