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Téo perde apoio de prefeitos após lançar Tavares ao governo

Nomes expressivos de prefeitos tucanos racham com PSDB após Téo decidir lançar procurador de justiça ao governo estadual

Depois do racha na base governista, a rejeição de prefeitos tucanos. É o que ocorre hoje na base aliada ao governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), depois que o líder tucano surpreendeu ao anunciar o nome do procurador de justiça Eduardo Tavares como candidato a governador pelo PSDB, no início deste mês de abril.

A situação era esperada entre os líderes municipais e trabalhada politicamente pelos demais pré-candidatos ao governo, por conta da já anunciada permanência de Téo no governo e da apresentação de nomes também inexpressivos como os dos ex-secretários Marco Fireman, da Infraestrutura, e Luiz Otávio Gomes, do Planejamento e Desenvolvimento Econômico.

Nomes expressivos

Como antecipou o Blog do Vilar, entre os prefeitos tucanos que não devem votar no candidato do governador, o nome mais emblemático é o do presidente da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), Jorge Dantas, de Pão de Açúcar, que defende o nome de Alexandre Toledo (PSB), assim como deve ocorrer com a prefeita tucana de Cajueiro, Lucila Toledo. No grupo dos tucanos que votam no senador Benedito de Lira (PP) para o governo estão Peu Pereira, de Teotonio Vilela, e Pauline Pereira, de Campo Alegre.

Mas a maioria destes prefeitos tucanos deve apoiar o nome do deputado federal Renan Filho (PMDB) para a disputa pelo governo do Estado. Entre eles estão James Ribeiro, de Palmeira dos Índios; Eustaquinho, de Capela; Jarbas Omena, de Messias; João Carlos Rodrigues, de Senador Rui Palmeira; e Jarbas Ricardo, de São José da Tapera.

"Nada a ver"

Ao comentar sua dificuldade em aceitar uma aliança com a chapa majoritária liderada pelo procurador de justiça Eduardo Tavares, o deputado federal Givaldo Carimbão (PROS) atentou para o fato de a maioria dos prefeitos tucanos não terem aceitado o nome do integrante do Ministério Público.

“Tenho um carinho muito grande e uma relação de amizade muito forte com o governador. Mas uma coisa é o Téo ser candidato, outra coisa é ter uma pessoa ter um outro candidato que, desculpe, não tem muito a ver com a gente. Uma coisa é você ser candidato, outra coisa é uma pessoa que não tem nada a ver com você. Na minha cabeça, vai ter dificuldade com o pessoal do PSDB. Os prefeitos do PSDB estão reagindo muito com a candidatura [de Tavares]. Já dizem até que votam em Renanzinho. Se você fizer uma análise vai ver quantos prefeitos tucanos votam no candidato do PSDB. E o Téo vai ter que trabalhar isso aí”, disse Carimbão, mesmo garantindo que não tomará nenhuma decisão de apoio político a alguma chapa majoritária, sem antes comunicar ao governador.

Árdua missão

O governador Teotonio Vilela Filho terá muito trabalho para convencer os prefeitos tucanos a investir em um candidato que nunca foi testado nas urnas. Mas já disse publicamente que conta com a repercussão das qualidades de Tavares a serem exaltadas no decorrer da campanha. E também lembrou que era desacreditado em 2006, quando venceu a disputa com o deputado federal João Lyra.

A comparação do governador não cabe tanto para o caso, diante da expressividade política e eleitoral que Téo tinha na época, quando era senador e herdeiro do histórico do pai, o Menestrel das Alagoas. Até porque tais qualidades ligadas ao governador não contam tanto para transferir votos para um candidato que já está sendo apelidado de ET.




Por Cada Minuto

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