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Fico de Vilela foi pra se salvar em 2018. Será que combinado com Renan?

Muitas vezes não entendemos certas decisões tomadas pelos políticos - espécie humana, mas com algo diferente no DNA comum aos demais terráqueos. Muita gente estranhou a decisão de Vilela de permanecer governando quando o natural, lógico e seguro juridicamente seria concorrer a um cargo eletivo, fosse senador ou deputado federal. Não o fez pela simples razão de que seria derrotado dado ao alto índice negativo de avaliação da sua gestão.


Surpreendeu a todos pela segunda vez ao anunciar a candidatura ao governo de um ‘poste’, Eduardo Tavares, o Breve, (e, por favor, entendam como ‘poste’ o fato de o indicado não ter trajetória política nem ser conhecido pelo povo. Já quanto ao Breve, significa apenas o curto período que ficou à frente de Defesa Social). Mas é só pensar um pouco, conversar aqui e acolá, juntar os fios e, “Shazan!”, descobrimos a grande jogada. Ou seja, detonou todos os seus principais aliados.


Vamos aos fatos: Vilela deu corda e depois derrubou com uma só decisão Marco Fireman e o senador Benedito de Lira. O ex-secretário de Infraestrutura e ex-coordenador financeiro da campanha do governador tanto poderia ser o candidato ao governo dos tucanos como o vice do aliado Biu de Lira.


O motivo é que Fireman sabe tudo sobre o lado financeiro das campanhas e do governo, assim como conseguir apoio para a sua estrutura. Já Biu de Lira tem algum conhecimento dentro da estrutura governamental desse lado financeiro. Derrubando o primeiro também atingiu o segundo e os demais postulantes, certo? Sim, certo.


Por isso Vilela também não deixou o governo para Nonô assumir e ser candidato. O vice-governador tem ideia de como funciona esse lado financeiro dentro e fora da máquina. Já o ‘poste’, Eduardo Tavares, o Breve, não entende, não sabe nem tem experiência prática na política sobre o funcionamento financeiro para estrutura de campanha do PSDB e aliados em Alagoas.


Portanto, será um candidato que não vai exigir muita estrutura de apoio para concorrer ao governo. Assim, o governador Vilela não terá que dedicar o mesmo esforço estrutural na campanha de Tavares, o Breve, aos demais que citei nos parágrafos acima.


Bom, e por qual motivo? O motivo é que 2014 será um ano em que obras com recursos da bancada e do governo Dilma serão inauguradas. Alem do mais, é preciso preservar a estrutura montada todos estes anos para 2018. Isso mesmo, para 2018 quando teremos novamente eleições gerais, só que com duas vagas para o Senado. Vilela projeta voltar.


Então, terá estrutura, pois não desperdiçou com ninguém. Terá discurso por causa das obras federais que irá inaugurar e, com tudo isso, imagina que o seu desgaste terá diminuído ou até acabado.


Dizem, inclusive, que tudo isso foi combinado com o senador Renan Calheiros (PMDB), que deverá indicar o próprio filho, Renanzinho, para concorrer ao governo de Alagoas. Por isso também o lançamento de um candidato considerado fraco, um poste, e não um com viabilidade política, caso do Biu. Em 2018 os dois fariam dobradinha para o Senado da República.


Será?




Por Cada Minuto

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