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Professores de Alagoas são mais sobrecarregados, diz pesquisa

Pesquisa internacional aponta que, em média, o Brasil tem 30,8 estudantes por sala; número chega a 50 no Estado

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), divulgou, em 25 de junho desse ano, a Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem (Talis – sigla em inglês) e nela se constatou que a há sobrecarga na vida profissional do professor no país.
Ao todo, foi analisado o dia a dia de professores de 34 países e no Brasil, apenas 40,3% do magistério são contratados em tempo integral nas escolas, enquanto a média mundial chega a 82,4%. Ainda de acordo com a Talis, o professor brasileiro é sobrecarregado pela quantidade de alunos em sala de aula. No país, são em média 30,8 estudantes em classe. Enquanto que a média mundial é de 24,1.
Em Alagoas, segundo relatos do vice-presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Privado em Alagoas (Sinpro) e da presidente do Sindicato das Trabalhadoras e Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal), a média de alunos por sala é entre 45 e 50.
“Assim não dá para acompanhar a evolução dos estudantes. Cada um deles é um ser diferente e que requer formas e linguagens específicas”, reclama Eduardo Vasconcelos, vice-presidente do Sinpro.

O fato de haver poucos contratos de trabalho em tempo integral faz com que esses profissionais busquem outros locais para exercer sua função. Além dos baixos salários da categoria. Em média, um professor alagoano da rede privada recebe 20 reais por hora/aula.

“Isso gera estresse, baixando a qualidade do ensino”, disse Eduardo Vasconcelos.
Para ele, só o tempo gasto em pedir que as turmas gigantescas façam silêncio já interfere na qualidade do ensino ofertado. Além de estresse que isso causa e danos à saúde do professor. “A maioria das salas de aula alagoana sequer tem um amplificador de voz. O professor fica rouco. E a voz é o nosso instrumento de trabalho”.

O sindicalista destaca que a pesquisa da OCDE coincide com a realidade de Alagoas, principalmente na educação infantil. “Nessa fase é necessário mais cuidados com os estudantes. Eles ainda são crianças e precisam de mais atenção”.



Por Tribuna Hoje

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