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A Missão Impossível de Nonô de fazer Aécio vencer Dilma no Nordeste

Coordenador da campanha de Aécio destaca rejeição de Dilma e "degradação" do PT. Mas admite dificuldades para Aécio no Nordeste

O vice-governador Thomaz Nonô (DEM) anda mesmo empolgado com a nova missão eleitoral que assumiu, após não emplacar a própria candidatura ao Senado em Alagoas. E os números da última pesquisa do Datafolha de intenção de votos para a corrida presidencial lhes deram ainda mais motivos para o entusiasmo. É cada vez mais estreita a distância entre a presidente Dilma Rousseff e o senador Aécio Neves (PSDB), cuja campanha tucana no Nordeste é coordenada por Nonô.

Segundo análise do vice-governador, os números que indicaram Dilma com 36% da preferência do eleitor; Aécio com 20% e Eduardo Campos (PSB) com 8% apontam para um cenário muito favorável a uma eventual queda de Dilma e ascensão do candidato tucano a governador.

Com margem de erro de dois pontos , a pesquisa Datafolha foi uma das últimas amostragens antes da propaganda eleitoral na televisão e no rádio, que começa em 19 de agosto. E o empate técnico de Aécio (40%) com Dilma (44%) em projeção de segundo turno é a cereja do bolo da animação de Nonô. Para ele, o Partido dos Trabalhadores (PT) está desfigurado.

“Eu já tinha visto isso há muito tempo. Eu já disse que se tiver segundo turno o Aécio engole essa Dilma tranquilamente. Porque estou impressionado. Tenho ido mais a São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro, e noto um fenômeno novo. Só tem uma coisa mais rejeitável que a Dilma, é o PT. Isso está impressionante. E você veja como esse partido, ao longo de oito anos, degradou-se completamente. Passou de guardião da ética e da moralidade para o esgoto que é; para o patrocínio dos mensaleiros e essas coisas todas. E isso está se definindo eleitoralmente com muita ênfase”, disse o vice-governador e coordenador regional da campanha de Aécio Neves.

Mesmo com o cenário nordestino historicamente bem mais favorável a Dilma e ao PT, Nonô acredita que a atual diferença de exposição midiática de Dilma com relação aos demais adversários demonstram uma possibilidade de estagnação da presidente, a partir do início do horário eleitoral.

“Imagine quando você tiver a propaganda eleitoral. Porque, quem vai ter novidades a contar vai ser o Aécio e o Eduardo. A Dilma vai fazer o que já está fazendo, através da propaganda institucional do governo. Acredito que ela não vai ter grandes novidades. Acho que ela vai botar o Lula direto”, afirmou Nonô.

Mas o vice-governador acredita até que será um equívoco apostar na exploração da imagem de Lula para salvar o que considera ser uma imensa rejeição de Dilma (35%). E brinca que Lula está como o personagem de desenho animado Wally, invisível em meio ao cenário pessimista.

“Onde está o Lula? Na Copa, ninguém achou. Acredito que ele está numa fase de invisibilidade. Quando começar a campanha, acho que ele vai botar a cara. Mas a minha impressão é de que esse viés de rejeição ao PT também pega ele e companhia limitada”, opinou Nonô.

Dificuldades regionais não desanimam

O coordenador de campanha de Aécio no Nordeste cita o cenário do Estado e Pernambuco como exemplo da complicação que terá em sua missão. Lá, o ex-governador Eduardo Campos concorre à Presidência da República. Mas, segundo Nonô, o desafio é outro. “Em Pernambuco, nosso adversário é a Dilma, não é o Eduardo. O DEM, em Pernambuco, apoia o Eduardo Campos, com o consentimento de todos”, disse o vice do tucano Teotonio Vilela Filho.

“A minha tarefa aqui no Nordeste é a mais complicada, porque o José Serra [PSDB] perdeu [para Dilma em 2010] por mais de 20 milhões de votos na região. Então a gente sabe que é muito difícil ganhar a eleição aqui. Mas você pode trabalhar para ir, paulatinamente, encurtando essa distância. No que conheço mais ou menos bem a famosa, entre aspas, classe política, sei que se o Aécio tiver uma curva ascendente até agosto e setembro, você vai ver muita gente que é Aécio desde menininho, inclusive aqui. Quem viver, verá?”, profetizou Nonô.

Presidente licenciado do DEM em Alagoas, Nonô aponta outro fator que anima a campanha presidencial tucana: a decisão do senador Romero Jucá (PMDB-RR) coordenar a campanha de Aécio em Roraima. “É um peemedebista histórico, líder de todos os governos... Então eu acho que o negócio tá bom! Os meninos já estão começando a farejar para que lado sopra o vento. Estou animado mesmo!”, concluiu.

A pesquisa Datafolha citada nesta publicação está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR00219/2014. O levantamento foi encomendado pela TV Globo e pelo jornal "Folha de S.Paulo". Mais informações,



Por Blog do Davi Soares

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