Servidores técnicos da Ufal entram em greve por tempo indeterminado
Cerca de 1.700 funcionários aderiram ao movimento, segundo organização. Categoria cobra, entre outras coisas, melhores condições de trabalho.
Servidores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) entraram em greve, na manhã desta quinta-feira (20), por tempo indeterminado. A categoria protesta, entre outras coisas, pela defesa da educação e por saúdes públicas, melhoria das condições de trabalho e defesa do plano de carreira. Os servidores decidiram pela greve em uma assembleia realizada na última segunda-feira (17), que contou com mais de 150 técnicos, inclusive dos campi de Arapiraca, Penedo e Delmiro Gouveia.
De acordo com Emerson Oliveira, coordenador geral do Sintufal, são cerca de 1.700 funcionários nos três campi da universidade. "Tivemos um acordo com o governo em 2012, mas até agora não foi cumprido. Então estamos aqui para cobrar pela database, período em que o trabalhador tem reajuste de salário, reforma da previdência, a não privatização do HU [Hospital Universitário] e uma política salarial que defenda o servidor.
Com a greve dos técnicos administrativos, a Ufal fica sem os serviços de emissão de certificados, diplomas, abertura e funcionamento dos laboratórios, secretaria ou coordenação dos cursos.
O G1 entrou em contato com o Ministério da Educação (MEC) que, por meio de nota, informou que "o MEC reitera que a paralisação desrespeita, unilateralmente, o acordo firmado entre a Fasubra [Federação do Sindicato de Trabalhadores Técnico-Administrativo em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil] e o Governo Federal, pois em 2012 a federação fez um acordo com o Governo Federal, que tem vigência até 2015".
Veja a nota do MEC na íntegra:
Segundo relato de reitores ao Ministério da Educação (MEC) todas as universidades estão em funcionamento. Sobre eventuais serviços que estão sendo prejudicados nas instituições de ensino superior, os reitores estão tomando as devidas providências. O MEC reitera que a paralisação desrespeita, unilateralmente, o acordo firmado entre a Fasubra e o Governo Federal, pois em 2012 a federação fez um acordo com o Governo Federal, que tem vigência até 2015.
Os servidores das universidades federais receberão, já no mês de março, a segunda parcela do acordo feito com o Governo Federal em 2012. O acordo assinado pela Fasubra é o segundo melhor firmado por uma categoria com o governo federal. Além dos reajustes programados para 2013, 2014 e 2015, também foi pactuada a revisão dos steps da tabela remuneratória para janeiro de 2014 e janeiro e 2015.
Foi também autorizada, a partir de janeiro de 2013, a revisão dos percentuais para concessão dos incentivos à qualificação, extensivo a todas as classes do PCCTAE, o somatório de cursos com carga horária de 20 horas para progressão entre os níveis de capacitação e revisão do requisito de progressão para o Nível de Capacitação IV do Nível de Classificação “E”.
Além disso, foi instituído o Plano Nacional de Desenvolvimento Profissional dos Servidores Integrantes do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos, que somente em 2014, prevê a capacitação de 14 mil trabalhadores entre cursos de graduação, pós-graduação e programas de capacitação.
(Assessoria de Comunicação Social do MEC)
Por G1 Alagoas
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