Senador mineiro foi entrevistado por radialista França Moura e exaltou a necessidade de o PSDB ter nome próprio e forte para disputar vaga de Teotonio Vilela Filho
O senador e presidente nacional do PSDB Aécio Neves defendeu nesta manhã que seu partido tenha candidatura própria à sucessão do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB). Em entrevista ao radialista França Moura, o pré-candidato à sucessão de Dilma Rousseff ainda afirmou que o vice-governador José Thomaz Nonô (DEM) seria o nome mais forte para compor a chapa majoritária como candidato a senador.
Aécio lembrou de quando esteve em Maceió, em fevereiro, mas não citou as vaias que levou no bloco Pinto da Madrugada. Preferiu lembrar da “séria conversa política” que teve com Teotonio Vilela, quando lhe disse o seguinte: “Em razão da sua liderança nacional, era muito importante que o 45 pudesse ter uma candidatura [ao governo estadual], já que ele optava em não disputar nenhum mandato nesta eleição”.
Aécio descartou a possibilidade de este pré-candidato tucano ser o prefeito Rui Palmeira (PSDB), citado como “um nome extremamente convergente”. Disse entender a opção de Rui pelo cumprimento do compromisso assumido com a população de Maceió. Mas reafirmou, falando como presidenciável, os argumentos do PSDB para haver um nome tucano na disputa pelo Palácio República dos Palmares.
“O PSDB tem compromisso com o Nordeste, com Alagoas. Nós vamos fazer um esforço para a retomada de obras importantes no Estado. O Canal do Sertão tem que chegar a Arapiraca, entre tantas outras obras estruturantes. E acredito que nós tivéssemos o 45, um candidato do PSDB, à sua sucessão. Essa foi uma posição da Direção Nacional do partido. E, se eu pudesse ir além, ainda, gostaria que aqueles partidos que fazem oposição ao governo federal pudessem estar na chapa. Sou muito amigo do vice-governador José Thomaz Nonô e gostaríamos muito que pudéssemos ter um tucano concorrendo ao governo do Estado e, quem sabe?, o companheiro Nonô concorrendo ao Senado. Seria uma chapa com a cara de um Brasil Novo, de uma nova etapa de eficiência no parlamento, mas, sobretudo, de parceria e solidariedade com Alagoas”, declarou Aécio Neves.
Na sequência, o senador mineiro indicou o caminho que o seu amigo Téo deve tomar para agradá-lo. Se é que isso é possível, no contexto atual.
“Espero que o meu grande líder, Teotonio... Eu tenho consciência absoluta, é nós todos aqui de Brasília temos, de que quando ele conduzir esse processo, tenho certeza de que ele não deixará o PSDB sem uma candidatura forte em Alagoas. Claro que é por minha conta, não sei se o Téo vai gostar... Acho que gostará sim, porque ele tem pelo Nonô um enorme apreço... Mas acho que o Nonô seria uma boa composição de uma chapa majoritária como candidato ao Senado. Estaríamos bem representados”, reforçou o provável adversário de Dilma Rousseff.
Aécio não citou o nome de nenhum dos pré-candidatos tucanos ao governo do Estado, mas deve ter agradado e muito os ex-secretários Marco Fireman e Luiz Otávio Gomes, ainda eleitoralmente pouco expressivos. O contrário certamente ocorreu com Nonô, que não tem feito planos para retornar a Brasília, apesar de em uma posição acima da que esteve durante mais de duas décadas como deputado federal.
A entrevista foi articulada para um momento decisivo do governador Teotonio Vilela Filho, que deverá reafirmar sua permanência no governo até o próximo sábado (5), prazo final da Justiça Eleitoral para a desincompatibilização dos candidatos de seus cargos públicos.
Aécio se recusou a citar o nome do eventual tucano que seria a candidatura forte para o governo do Estado, apesar da insistência do entrevistador França Moura. Mas deixou seu recado final: “Esse seria um palanque importante para assumirmos o compromisso que precisamos assumir com toda a população de Alagoas”.
Pode ter metido o bico em um assunto indigesto, ainda que talvez por incentivo do próprio Vilela, ou dos pré-candidatos. O interesse de ser ver como reagem a base aliada ao governo tucano.
Por Cada Minuto
quinta-feira, 3 de abril de 2014 | Notícia da Hora
Aécio defende Nonô no Senado e nome tucano para sucessão de Téo
Senador mineiro foi entrevistado por radialista França Moura e exaltou a necessidade de o PSDB ter nome próprio e forte para disputar vaga de Teotonio Vilela Filho
Aécio lembrou de quando esteve em Maceió, em fevereiro, mas não citou as vaias que levou no bloco Pinto da Madrugada. Preferiu lembrar da “séria conversa política” que teve com Teotonio Vilela, quando lhe disse o seguinte: “Em razão da sua liderança nacional, era muito importante que o 45 pudesse ter uma candidatura [ao governo estadual], já que ele optava em não disputar nenhum mandato nesta eleição”.
Aécio descartou a possibilidade de este pré-candidato tucano ser o prefeito Rui Palmeira (PSDB), citado como “um nome extremamente convergente”. Disse entender a opção de Rui pelo cumprimento do compromisso assumido com a população de Maceió. Mas reafirmou, falando como presidenciável, os argumentos do PSDB para haver um nome tucano na disputa pelo Palácio República dos Palmares.
“O PSDB tem compromisso com o Nordeste, com Alagoas. Nós vamos fazer um esforço para a retomada de obras importantes no Estado. O Canal do Sertão tem que chegar a Arapiraca, entre tantas outras obras estruturantes. E acredito que nós tivéssemos o 45, um candidato do PSDB, à sua sucessão. Essa foi uma posição da Direção Nacional do partido. E, se eu pudesse ir além, ainda, gostaria que aqueles partidos que fazem oposição ao governo federal pudessem estar na chapa. Sou muito amigo do vice-governador José Thomaz Nonô e gostaríamos muito que pudéssemos ter um tucano concorrendo ao governo do Estado e, quem sabe?, o companheiro Nonô concorrendo ao Senado. Seria uma chapa com a cara de um Brasil Novo, de uma nova etapa de eficiência no parlamento, mas, sobretudo, de parceria e solidariedade com Alagoas”, declarou Aécio Neves.
Na sequência, o senador mineiro indicou o caminho que o seu amigo Téo deve tomar para agradá-lo. Se é que isso é possível, no contexto atual.
“Espero que o meu grande líder, Teotonio... Eu tenho consciência absoluta, é nós todos aqui de Brasília temos, de que quando ele conduzir esse processo, tenho certeza de que ele não deixará o PSDB sem uma candidatura forte em Alagoas. Claro que é por minha conta, não sei se o Téo vai gostar... Acho que gostará sim, porque ele tem pelo Nonô um enorme apreço... Mas acho que o Nonô seria uma boa composição de uma chapa majoritária como candidato ao Senado. Estaríamos bem representados”, reforçou o provável adversário de Dilma Rousseff.
Aécio não citou o nome de nenhum dos pré-candidatos tucanos ao governo do Estado, mas deve ter agradado e muito os ex-secretários Marco Fireman e Luiz Otávio Gomes, ainda eleitoralmente pouco expressivos. O contrário certamente ocorreu com Nonô, que não tem feito planos para retornar a Brasília, apesar de em uma posição acima da que esteve durante mais de duas décadas como deputado federal.
A entrevista foi articulada para um momento decisivo do governador Teotonio Vilela Filho, que deverá reafirmar sua permanência no governo até o próximo sábado (5), prazo final da Justiça Eleitoral para a desincompatibilização dos candidatos de seus cargos públicos.
Aécio se recusou a citar o nome do eventual tucano que seria a candidatura forte para o governo do Estado, apesar da insistência do entrevistador França Moura. Mas deixou seu recado final: “Esse seria um palanque importante para assumirmos o compromisso que precisamos assumir com toda a população de Alagoas”.
Pode ter metido o bico em um assunto indigesto, ainda que talvez por incentivo do próprio Vilela, ou dos pré-candidatos. O interesse de ser ver como reagem a base aliada ao governo tucano.
Por Cada Minuto
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